segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pena de morte: a lei que mata

Até o fim do Império, a pena de morte derramou muito sangue no Brasil. Durante mais de 300 anos, índios, rebeldes e escravos, entre outros, morreram pelas mãos do Estado

por Flávia Ribeiro
Até subir ao patíbulo, no dia 28 de abril de 1876, nem o próprio Francisco acreditava que seria enforcado. Segundo descreveu, na época, o jornal Diário de Alagoas, “o réu condenado à pena de morte portava-se na cadeia com alguma intrepidez; dizia que não morreria enforcado”. Escravo, dois anos antes Francisco havia assassinado o capitão João Evangelista de Lima e sua mulher, Josefina. Ao cometer o crime, fora auxiliado por dois escravos do morto, Prudêncio e Vicente. O primeiro morreu quando foi preso. O segundo, ao que parece, foi condenado à forca, mas acabou indo para a prisão perpétua. O confiante Francisco não teve a mesma sorte. Escoltado por 32 soldados, percorreu as principais ruas da cidade de Pilar de Alagoas até chegar à forca. Lá, exatamente às 13 horas, cumpriu sua pena.

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