domingo, 25 de dezembro de 2011

CCJ do Senado aprova criação de 1,2 mil cargos na carreira diplomática

Governo diz que despesa pode ser compensada com relações comerciais.
Para oposição, proposta não condiz com postura de cortar gastos.
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) projeto de lei que cria 400 cargos de diplomata e 893 cargos da carreira de oficial de chancelaria no quadro de pessoal do Ministério das Relações Exteriores.

A proposta, apresentada pelo Executivo e aprovada na Câmara em novembro, segue para votação no plenário do Senado.

A ocupação das novas funções ocorrerá de forma gradual, em quatro anos, mediante autorização do Ministério do Planejamento, observada a disponibilidade de recursos na Lei Orçamentária Anual.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) defendeu a proposta. Segundo ela, por mais que os novos cargos gerem despesas, o aumento das transações comerciais do Brasil com países estrangeiros elevou as receitas do país. A senadora destacou que essas relações são construídas a partir da diplomacia.

Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi contra a matéria. Ele lembrou que o Brasil vive um momento de ajuste fiscal, o que não condiz com a criação de novos cargos e aumento de despesas.

Ele também questionou declaração de Marta Suplicy de que cresceu a relevância do Brasil no cenário internacional durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Não acho que o Brasil tenha se tornado protagonista se aliando com presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, embora considere meritória a iniciativa de aumentar a participação solidária em países da África e Caribe”, disse.







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