Governo diz que despesa pode ser compensada com relações comerciais.
Para oposição, proposta não condiz com postura de cortar gastos.
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) projeto de lei que cria 400 cargos de diplomata e 893 cargos da carreira de oficial de chancelaria no quadro de pessoal do Ministério das Relações Exteriores.
A proposta, apresentada pelo Executivo e aprovada na Câmara em novembro, segue para votação no plenário do Senado.
A ocupação das novas funções ocorrerá de forma gradual, em quatro anos, mediante autorização do Ministério do Planejamento, observada a disponibilidade de recursos na Lei Orçamentária Anual.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) defendeu a proposta. Segundo ela, por mais que os novos cargos gerem despesas, o aumento das transações comerciais do Brasil com países estrangeiros elevou as receitas do país. A senadora destacou que essas relações são construídas a partir da diplomacia.
Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi contra a matéria. Ele lembrou que o Brasil vive um momento de ajuste fiscal, o que não condiz com a criação de novos cargos e aumento de despesas.
Ele também questionou declaração de Marta Suplicy de que cresceu a relevância do Brasil no cenário internacional durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não acho que o Brasil tenha se tornado protagonista se aliando com presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, embora considere meritória a iniciativa de aumentar a participação solidária em países da África e Caribe”, disse.
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