domingo, 18 de dezembro de 2011

TJ/CE - PM é condenado a 3 anos e 6 meses de reclusão por tentativa de homicídio

O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Comarca de Fortaleza condenou o policial militar Francisco Emanuel Rodrigues Felipe a três anos e seis meses de reclusão, em regime aberto. Ele foi condenado pela tentativa de homicídio contra o turista espanhol Marcelino Ruiz Campelo, em setembro de 2007.

O julgamento, presidido pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira, teve início às 9h30 e se encerrou por volta das 17h desta segunda-feira (12/12). Por maioria de votos, os jurados não reconheceram a coautoria do acusado em relação às três outras vítimas, a espanhola Maria del Mar Santiago Almudever, o italiano Innocenzo Brancati e a brasileira Denise Sales Campos Brancati.

A acusação, representada pela promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e pelo assistente Holanda Segundo, alegou que o resultado vai contra as provas dos autos. Eles decidiram recorrer da decisão do Conselho de Sentença.

O advogado José Campos Accioly Júnior, defensor dos réus Rinaldo Carmo Sousa e Francisco Edemildo de Lima, que também seriam levados a júri nesta quarta-feira, não compareceu, mas apresentou atestado médico. O julgamento dos dois acusados foi adiado para a próxima quinta-feira (15/12), às 8h.

O CASO
Segundo o MP, por volta das 21h de 26 de setembro de 2007, as vítimas trafegavam no sentido Aeroporto-Aldeota, em uma caminhonete, quando foram alvejadas por disparos vindos de viaturas policiais que, naquele momento, faziam cerco no intuito de capturar acusados de roubar um caixa eletrônico.

Sem fazer abordagem, os policiais efetuaram diversos tiros, dos quais 22 atingiram o veículo. Innocenzo Brancati, que dirigia o carro, foi atingido no braço, e Marcelino Ruiz Campelo levou um tiro no ombro esquerdo. A bala se instalou na coluna e ele ficou paraplégico.

Ainda segundo o Ministério Público, os disparos só cessaram quando a vítima Denise Sales Campos Brancati resolveu sair do automóvel para demonstrar que não eram assaltantes.





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